quarta-feira, 11 de novembro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Nas oficinas realizadas em Santos e Paranaguá, procuramos plantar uma semente: o prazer de contar histórias.
Com uma dança circular iniciamos o trabalho, levando os participante a descontração. Como ponto de partida foi contada a história Galo, galo, não me calo, de autoria de Silvia Ortoff, que tem como pano de fundo o que não devemos com o lixo e que devemos preservar o que ainda nos resta da natureza.
De maneira simples as técnicas para uma boa narração foram apresentadas aos participantes, desde a escolha da história e sua adequação, até a atitude do contador. Este deve se entregar a contação com o coração, dar calor a narrativa, fazer uso do corpo, do olhar e da voz, para cativar o ouvinte.
Por fim uma dinâmica foi proposta e bem aceita, o uso de sucata para a confecção e apresentação de uma história pelo grupo, que se dividiu em equipes para fazer a atividade. O entusiasmo tomou conta de todos e boas histórias foram apresentadas. Apostilas como o conteúdo da oficina foi distribuídas para os participantes.
domingo, 16 de agosto de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
A Cia Encantadoras de Contos esteve no 3° Encontro de contadores de Histórias em SBO , e deu o seu recado com a lenda japonesa "Hurashima Taro". Além disso, trocamos idéias com muita gente boa, dentre eles os contadores José Bocca, Carmelina Toledo Piza, Cia de teatro Xek MAt , Ana Luiza Lacombe, Amauri Alves e muitos... muitos contadores de primeira linha!!!!
segunda-feira, 13 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
segunda-feira, 23 de março de 2009
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como o seu melhor amigo.
Ele era um pássaro diferente de todos os demais: era encantado.
Os pássaros comuns, se a porta da gaiola ficar aberta, vão embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades...
Suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava.
Certa vez voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão...
“– Menina, eu venho de montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco do encanto que eu vi, como presente para você...”
E assim ele começava a cantar as canções e as histórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.
Outra vez voltou vermelho como fogo, penacho dourado na cabeça.
“– Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga. Minhas penas ficaram como aquele sol e eu trago as canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes. E de novo começavam as histórias.
A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o pássaro amava a menina, e por isto voltava sempre.
Mas chegava sempre uma hora de tristeza.
“– Tenho de ir”, ele dizia.
“ – Por favor, não vá. Fico tão triste. Terei saudades. E vou chorar...” E a menina fazia um beicinho...
“ – Eu também terei saudades”, dizia o pássaro. “- Eu também vou chorar. Mas eu vou lhe contar um segredo: as plantas precisam de água, nós precisamos de ar, os peixes precisam dos rios... E o meu encanto precisa da saudade.É aquela tristeza na espera da volta, que faz com que minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for não haverá saudade. Eu deixarei de ser um pássaro encantado. E você deixará de me amar.”
Assim, ele partiu. A menina, sozinha, chorava de tristeza à noite, imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa destas noites que ela teve uma idéia malvada:
“ – Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá. Será meu para sempre. Não mais terei saudade. E ficarei feliz...”
Com esses pensamentos comprou uma gaiola, de prata, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera. Finalmente ele chegou, maravilhoso em suas novas cores, com histórias diferentes para contar.
Cansado da viagem, adormeceu. Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola, para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz. Foi acordar de madrugada, com um gemido do pássaro...
“ – Ah! Menina... Que é que você fez?
Quebrou-se o encanto. Minhas penas ficarão feias e eu me esquecerei das histórias... Sem a saudade o amor irá embora...”
A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar.Mas não foi isto que aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ia ficando diferente. Caíram as plumas e o penacho. Os vermelhos, os verdes e os azuis da penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio: deixou de cantar.
Também a menina se entristeceu. Não aquele não era o pássaro que ela amava. E de noite chorava, pensando naquilo que havia feito ao seu amigo...
Até que não mais aguentou.
Abriu a porta da gaiola.
“ – Pode ir, pássaro. Volte quando você quiser...”
“ – Obrigado, menina. É, eu tenho de partir. É preciso partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe,na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro da gente. Sempre que você ficar com saudade eu ficarei mais bonito.
Sempre que eu ficar com saudade, você ficará mais bonita. E se enfeitará, para me esperar...”
E partiu. Voou que voou, para lugares distantes. A menina contava os dias, e a cada dia que passava, a saudade crescia.
“ – Que bom”, ela pensava. “ – Meu pássaro está ficando encantado de novo...”
E ela ia ao guarda roupa, escolher os vestidos, e penteava os cabelos e colocava uma flor na jarra...
“ – Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje...”
Sem que ela se apercebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado, como o pássaro. Porque em algum lugar ele deveria estar voando. De algum lugar ele haveria de voltar, Ah! Mundo maravilhoso, que guarda em algum lugar secreto o pássaro secreto que se ama...
E foi assim que ela, cada noite ia para cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento:
“ – Quem sabe ele voltará amanhã...”
E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro...
Ele era um pássaro diferente de todos os demais: era encantado.
Os pássaros comuns, se a porta da gaiola ficar aberta, vão embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades...
Suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava.
Certa vez voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão...
“– Menina, eu venho de montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco do encanto que eu vi, como presente para você...”
E assim ele começava a cantar as canções e as histórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.
Outra vez voltou vermelho como fogo, penacho dourado na cabeça.
“– Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga. Minhas penas ficaram como aquele sol e eu trago as canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes. E de novo começavam as histórias.
A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o pássaro amava a menina, e por isto voltava sempre.
Mas chegava sempre uma hora de tristeza.
“– Tenho de ir”, ele dizia.
“ – Por favor, não vá. Fico tão triste. Terei saudades. E vou chorar...” E a menina fazia um beicinho...
“ – Eu também terei saudades”, dizia o pássaro. “- Eu também vou chorar. Mas eu vou lhe contar um segredo: as plantas precisam de água, nós precisamos de ar, os peixes precisam dos rios... E o meu encanto precisa da saudade.É aquela tristeza na espera da volta, que faz com que minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for não haverá saudade. Eu deixarei de ser um pássaro encantado. E você deixará de me amar.”
Assim, ele partiu. A menina, sozinha, chorava de tristeza à noite, imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa destas noites que ela teve uma idéia malvada:
“ – Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá. Será meu para sempre. Não mais terei saudade. E ficarei feliz...”
Com esses pensamentos comprou uma gaiola, de prata, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera. Finalmente ele chegou, maravilhoso em suas novas cores, com histórias diferentes para contar.
Cansado da viagem, adormeceu. Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola, para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz. Foi acordar de madrugada, com um gemido do pássaro...
“ – Ah! Menina... Que é que você fez?
Quebrou-se o encanto. Minhas penas ficarão feias e eu me esquecerei das histórias... Sem a saudade o amor irá embora...”
A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar.Mas não foi isto que aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ia ficando diferente. Caíram as plumas e o penacho. Os vermelhos, os verdes e os azuis da penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio: deixou de cantar.
Também a menina se entristeceu. Não aquele não era o pássaro que ela amava. E de noite chorava, pensando naquilo que havia feito ao seu amigo...
Até que não mais aguentou.
Abriu a porta da gaiola.
“ – Pode ir, pássaro. Volte quando você quiser...”
“ – Obrigado, menina. É, eu tenho de partir. É preciso partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe,na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro da gente. Sempre que você ficar com saudade eu ficarei mais bonito.
Sempre que eu ficar com saudade, você ficará mais bonita. E se enfeitará, para me esperar...”
E partiu. Voou que voou, para lugares distantes. A menina contava os dias, e a cada dia que passava, a saudade crescia.
“ – Que bom”, ela pensava. “ – Meu pássaro está ficando encantado de novo...”
E ela ia ao guarda roupa, escolher os vestidos, e penteava os cabelos e colocava uma flor na jarra...
“ – Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje...”
Sem que ela se apercebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado, como o pássaro. Porque em algum lugar ele deveria estar voando. De algum lugar ele haveria de voltar, Ah! Mundo maravilhoso, que guarda em algum lugar secreto o pássaro secreto que se ama...
E foi assim que ela, cada noite ia para cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento:
“ – Quem sabe ele voltará amanhã...”
E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro...
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Para quem quiser ver mais sobre nosso trabalho, ha 2 vídeos circulando no youtube: vale a pena dar uma conferida :
http://www.youtube.com/watch?v=DDJpbTSk83M
http://www.youtube.com/watch?v=bAGImnPevIw
Podem olhar e depois comentem !!!
http://www.youtube.com/watch?v=DDJpbTSk83M
http://www.youtube.com/watch?v=bAGImnPevIw
Podem olhar e depois comentem !!!
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
"Um pequenino grão de areia
Que era um pobre sonhador
Olhando o céu viu uma estrela
Imaginou coisas de amor
Passaram anos, muitos anos
Ela no céu, ele no mar
Dizem que nunca o pobrezinho
Pode com ela encontrar
Se houve ou se não houve
Alguma coisa entre eles dois
Ninguém soube até hoje explicar
O que há de verdade
É que depois, muito depois
Apareceu a estrela do mar"
(Estrela do mar - Marino Pinto e Paulo Soledade)
Que era um pobre sonhador
Olhando o céu viu uma estrela
Imaginou coisas de amor
Passaram anos, muitos anos
Ela no céu, ele no mar
Dizem que nunca o pobrezinho
Pode com ela encontrar
Se houve ou se não houve
Alguma coisa entre eles dois
Ninguém soube até hoje explicar
O que há de verdade
É que depois, muito depois
Apareceu a estrela do mar"
(Estrela do mar - Marino Pinto e Paulo Soledade)